segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Pequeno manifesto, digamos, um estudo sobre uma idéia - opinião e discussão sobre o filme Zeitgeist

Essa postagem vem como uma forma de me expressar e de me distrair de pensamentos ruins nessa madrugada do dia 23/12/2008.
Vou falar um pouco sobre um video que acabei de terminar de ver e que me interessou a procurar mais informações sobre seu conteudo e ideias. Se chama Zeitgeist 2 Addendum, uma especie de "documentario motivacional" que fala sobre o sistema monetário e cultural em que vivemos. O filme faz toda uma investigação orientada pela lógica de funcionamento deste sistema econômico, que age imperceptivelmente em nossas vidas, podendo ser apontado como um dos sintomas da nossa sociedade doente. Esse sistema por si só é corrupto, injusto, segregativo e escravizante, a partir da hora em que coloca o ser humano em situação de opressão e nos força a pensar que o mundo simplesmente "é como é", a partir do momento em que as grandes corporações controlam os recursos necessários à nossa sobrevivência e também controlam o dinheiro necessário atualmente para sua aquisição. O que nos leva a pensar: os recursos de nosso planeta não deveriam ser igualmente de todos? o que leva a varias outras: porque existe tanta desigualdade? porque existe o preconceito? crime? violência? guerras? intolerância? tanta competição? isso faz parte da natureza humana? ou parte do nosso atual comportamento?
É um filme esclarecedor, no minimo instigativo. Nos dá uma visão de que as coisas como são, simplesmente têm de ser contestadas, por mais que ajam mil argumentos prontos do proprio sistema para rebater a nossa resistencia a ele, e tem de ser contestadas simplesmente pelo fato de ter algo para comer em casa implica que outra pessoa, ou pior, centenas, sejam privadas do mesmo. A politica é corrupta, as religiões são opressoras intelectuais, a educação somente serve ao sistema monetario, as grandes corporações tiram proveito da escassez, o ser humano empregado na verdade é um escravo, e por ai vai.
Mas então, o que fazer? Mudar, sim é claro, mas como? Podemos perceber, se ficarmos mais atentos, que existem veiculos de manipulação por todo lado por parte dos grandes controladores do mund: mídia, governo, empresas, etc. É muito bonito falar em se retirar para o mato e viver em anarquia com os javalis selvagens. Não, não é esse o objetivo, pois assim apensa se está contribuindo para se afastar da responsabilidade que cada um tem de oferecer-se para mudar o mundo, e não deixar de se privar do avanço que o homem pode alcançar se parar de enxergar o óbvio e olhar para além dele. Devemos parar de discutir, fazer, agir. Solucionar os problemas.
É citar que hoje se gasta mais com segurança do que com educação, saúde, assistencia social, pesquisa cientifica e tecnológica (para fins não militares). Algo está errado aí. A democracia não existe em um sistema em que o "incentivo" é puramente financeiro. Alguns farão de tudo para se sentirem mais "incentivados". E outros sofrerão as consequencias, em proporções geometricas. Uma sociedade em que se vota em pessoas sem a menor capacidade e atribuições para resolver problemas, mas sim criar leis que adiem sua solução, está fadada a continuar em um circulo perigoso de auto-destruição. Presenciamos a degradação da nossa identidade com seres parciais dentro de um todo, em troca da falsa sensação de liberdade adquirida por notas de papel ou sifrões na tela de nossos computadores, assistimos à cena em que a maquina se torna a vilã por roubar o emprego do homem, sendo que ela deveria libertá-lo e o incentivar a contribuir com o mundo. Enquanto isso, mão-de-obra barata do Vietnã é usada para fabricação de tenis que serão vendido varias vezes mais caros. Tudo pelo lucro. O culpado não é o dinheiro, não é o cara de colarinho branco, não é o governo, é a mentalidade estagnada das pessoas que insiste em não ver que temos os recursos ao nosso redor para transformar a nossa existencia, continuar o fluxo constante de mudanças que é o universo. Não falarei sobre o Projeto Venus, procurem por si mesmos, se ficarem comovidos ou revoltados com o que expresso por aqui. Se informem. Sou um estudante de arquitetura e penso qual será o papel que quero ter nessa mudança? como posso eu mesmo mudar minha postura frente às coisas? frente às pessoas? frente à tudo? Para sua profissão pergunte: o que te incentiva a ser isso? dinheiro? se for, ela é inutil.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

"Nasceu, morreu, fudeu-se...


...a vida é um sopro." Palavras de Oscar Niemeyer, em documentário que fala deste profissional notável do nosso universo da arquitetura, arte, política e sociedade. Neste ótimo filme, pode-se ver o arquiteto e urbanista falar sobre seus projetos, viagens, relacionamentos com outras grandes mentes (a exemplo, Le Corbusier), e sua influência sobre escritores, cantores, personalidades e sobre a cultura brasileira também. Sem querer tendenciar nenhum julgamento, digo que adorei ter visto o filme, por acaso, passando no Canal Brasil, que aliás, começa a melhorar sua programação com exibição de muita coisa interessante em relação à cultura nacional. Sem mais delongas, recomendo aos colegas estudantes de arquitetura, para uma análise critica do trabalho e vida de Niemeyer, "um cara muito legal" para a arquitetura, discordem ou não, principalmente pela sua visão do poder transformador e inventivo dessa, assim como tem o urbanismo.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

www.ambiencia.org

Dar uma olhada nesta organização é uma boa para aqueles aficcionados por tudo que tem bio e eco como prefixo. Trata-se de uma empresa/organização criada por profissionais atuantes nas áreas de arquitetura sustentável, eco-design, engenharia ambiental, urbanismo, planejamento, entre outras. Achei por acaso na net quando pesquisava sobre os trabalhos do professor da FEA/FUMEC Flavio Negrão com bio-arquitetura e design ecológico. Posso falar pouco mas digo que pelo que conheço de seu trabalho, pode-se perceber que há muito mais de arquitetura e urbanismo com que se pode trabalhar, prinipalmente como meio de abordar problemáticas e soluções para aspectos ambientais e socias dentro de nossa visão do mundo. Então, é uma boa dica pra quem gosta de sustentabilidade. Eu pessoalmente gostaria muito de trabalhar nesse lugar. Quem sabe?

domingo, 23 de novembro de 2008

domingo, 9 de novembro de 2008

Casa Folha - Angra dos Reis


Estou postando um link pra esse projeto que achei há um tempo no site de arquitetura Vitruvius, que aliás, é ótimo, críticas à parte. Só um pequeno resumo: trata-se de uma casa de praia obviamente em formato de folha, que tem inspiração em contruções indígenas brasileiras, que utiliza materiais nativos e que é muito bonita. Para quem interessar, o link é: http://www.vitruvius.com.br/institucional/inst203/inst203.asp
Até mais.

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Pensamentos

Problemática, meu objetivo agora é problematizar. Gostaria de fazer uma reflexão e também um desabafo sobre toda essa história da disciplina de plástica. Ao entrar na faculdade, nos deparamos com coisas novas, professores experientes , me deparo com possibilidades, caminhos a seguir, mas me pergunto: o que quero da arquitetura? Ou melhor, o que quero dar à arquitetura? Não quero me ater aos 99% da humanidade que pensa a arquitetura ser um objeto de consumo, uma profissão de escolhedores de mobília, levantadores de paredes, designers de interiores, arquitetos por título de nobreza, por assim dizer. Não quero me deparar com frases poéticas do uso da arquitetura, que nada servem a não ser enaltecer seus autores. Arquitetura é aquilo que eu quero que ela seja. Quero me perguntar o que posso acrescentar à arquitetura.
Sobre o atual trabalho da disciplina de plástica: a intervenção. Muito discutimos sem chegar ao lugar querido. Uma bronca merecida do Cabral pela maioria da turma encarar o curso como uma coisa secundária em suas vidas. OK. Estamos mal acostumados? Estamos, devemos admitir, concordo plenamente com as palavras do Cabral. Porém, penso que em algum lugar a conexão entre alunos e professores se perdeu, a partir da hora em que esses resolveram colocar em problema as questões atuais sobre os rumos da arquitetura, como interatividade, tecnologia dentro da arquitetura, utilização de softwares, etc. Penso que esses assuntos são de um potencial imenso para nossas mentes frescas na arquitetura, porém um tanto audacioso e sem fundamento, vista a nossa inexperiência imediata, o que me faz sentir que há uma vontade de nos enfiar uma falsa sensação de poder na arquitetura, quando queremos passar a ditar regras para a criação de supostas vanguardas, lideradas pelo carro da interatividade e do circuitos, e softwares, e “brunch”. Em suma, o que quero dizer é que antes de aprender a desenhar um circulo, aprenda a desenhar um quadrado, pois se a questão é romper barreiras e regras pré-definidas, devemos antes conhecê-las mais a fundo, senão corremos o risco de não termos no que nos basear, não ter argumentos para discutir, o que ao meu ver, é muito importante neste início de curso. Se devo saber o que é um circuito, devo saber o que é eletricidade, e por ai vai. A tecnologia está aí, um exemplo é a própria descoberta do manuseio da eletricidade, o surgimento da lâmpada incandescente, fluorescente, halógenas, e com isso o aperfeiçoamento de sistemas de iluminação, inclusive inovações dentro da arquitetura por causa delas, no conforto ambiental e outros campos, mas pergunto: as pessoas simplesmente deixaram de comprar velas? Você que está lendo, nunca comprou uma vela decorativa? Artesanal? De cera? De parafina? Colorida? Em formato de flor? Nunca viu como um jantar à luz de velas pode enriquecer uma experiência que ficaria talvez sem graça com uma iluminação artificial elétrica? Afinal, quando a luz acaba, sempre procuramos pelas velas. Devemos ter consciência de que as vanguardas são movimentos alternativos, não no sentido de serem paralelos, mas complementares entre si, o que quer dizer que o surgimento de uma coisa não deve implicar no abandono de outra, simplesmente o surgimento de uma nova visão ou problemática previamente ignorada.
Hoje temos o nosso fluxo de informações muito mais eficiente e rápido, possibilitando o acesso mais fácil do conhecimento, porém o que não alcança essa rapidez é a nossa capacidade de assimilar toda essa informação. Poderíamos talvez dizer que a produção do conhecimento cresce em escala geométrica, enquanto nossa capacidade de lidar com ele cresce em escala aritmética. Por isso acho difícil inovar sem antes praticar o que está convencionado. Pelo menos acho que não adiantará de nada fazermos instalaçãoes interativas, pra depois voltarmos às pranchetas, desperdiçamos tempo.

domingo, 12 de outubro de 2008

Desenhos - pro arquivo - parte 1

Vou postar uns desenhos meus aqui regularmente (ta bom) só pra ficar de memória...ja que meu amigo Guy (não é de Guilherme) me fala sempre pra guardar. Desenhos de trabalho, à toa, inspiradores, de croquis, e artísticos. Os desenhos às vezes falam mais do que qualquer coisa. Esses primeiros são os que fiz pro dossiê arquitetônico de Historia da Arte. Período das construções: Suméria - Grécia. Tomara que a nota saia tão alta quanto meu esforço em fazê-los.




sábado, 11 de outubro de 2008

Maquete objeto interativo - primeira idéia abandonada

Descrição: meu objeto consistia em um conjunto de tubos musicais articulados, que permitiriam ao usuario uma interface manual, em que ele poderia "tocar" os tubos de acordo com a distancia entre as mãos e a boca dos tubos através de sensores infravermelhos. A articulação interna dos tubos permitiria também que o usuario modificasse a plasticidade do objeto, o que daria uma enorme possibilidade de formas a ele e também permitiria que o som fosse alterado, como se fosse um meio de "afinar" os tubos. Problema: não muda a experiência do morar. Do jeito que a ideia esta, não passaria de um mero brinquedo, e não interferiria na experiencia arquitetonica em si. Possível solução: transformar o objeto de tal maneira que ele crie uma interface entre as pessoas e o espaço e ocasião arquitetônica. Tenho que pensar em como essa interface poderia criar um evento que ocorre no espaço arquitetonico, ou seja, delimitar um espaço, tempo, lugar, ocasião para que o objeto possibilite o seu enriquecimento. Brain storming. Mais noticias em breve.

sábado, 4 de outubro de 2008

Mapeamento do local da intervenção - antes



Nosso local escolhido foi um sala abandonada que fica em frente à Central de Cópias, num pequeno patio de serviços, coisa do tipo, é uma sala pequena, mas que poderá ser muito bem utilizada para as nossas idéias para a intervenção.Fiz dois mapeamentos, um bem formal e limpo (simplista demais), e outro super abstrato, em que eu quis passar a idéia de nada do lugar por enquanto, estando ele sujeito à nossa vontade para modificá-lo. Prefiro colocar só o vídeo dele.

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Releitura do mundo binario

Mantendo a mesma idéia de conexões neurais, porém explorando mais as "sinapses" entre os neuronios. Mais textura, mais vida, conectividade.



terça-feira, 30 de setembro de 2008

Criticas ao objeto interativo - problematicas

Minha dupla escolhida foi a coleguinha Lorena, que teve a idéia de fazer uma "flor interativa". Vendo a maquete e pela explicação que ela me deu, entendi que as petalas da flor serviriam como tela de projeção para cores e palavras que quisessemos projetar. Discutindo sobre o conceito, acho que ela poderia explorar mais a questão da comunicação dentro da proposta do objeto, já que a interatividade pode se dar através da comunicação entre o objeto e o usuario e o ambiente e amensagem, e por ai vai.
Estamos atualmente começando a lidar com o processo de "brain storm" para a intervenção na EA. Digo que estou empolgado pois tenho muitas idéias e gostei do meu grupo. Nosso problema: apropriar de um espaço da escola, criar uma intervenção que integre os objetos elaborados pelas 4, 5 duplas de cada grupo e que consiga tambem manter uma conectividade com uma das 3 outras intervenções. As palavras-chaves são: comunicação, interação, experîência, o que leva a outras como: sensores, atuadores, circuitos, internet, wireless, etc. Que comece a utopia da apropriação espacial e temporal. Arquitetura, ao trabalho.

domingo, 28 de setembro de 2008

Sensação File - Binary Art Site

Meu trabalho é sobre o Binary Art Site de Ursula Hentschlaeger. Um trabalho mais filosofico do que artistico a meu ver. Porem, filosofia pode ser arte? O Binary Art Site é na verdade uma parte do site que traz varios textos reflexivos sobre a evolução do pensamento, da tecnologia e do estado mental do homem no mundo atual, e nos leva a perceber como o pensamento atual é limitado pela falta de visão da sociedade no futuro. Quis representar uma sensação de pensamento infinito, uma rede neural que permiti que a imaginação se expanda sem limites, para que possamos pensar no sentido da existencia e do proprio pensamento, da criatividade e da imaginação.

quarta-feira, 24 de setembro de 2008






Foi uma sensação só de refazer.

domingo, 21 de setembro de 2008

Convergência - Sensação Oi Futuro



Para mim o museu Oi Futuro foi um lugar em que senti a convergência de conhecimento, idéias e muitas coisas sobre as telecomunicações, eis a minha(s) sensação(ões).

domingo, 14 de setembro de 2008

Interatividade - apanhado de discussões e idéias

Interação - ato de interagir. O que é interagir? É criar uma ação entre duas "coisas"? Criar uma relação? Permitir que uma coisa influencia a outra? que um influencie o outro? que um influencie o espaço? o tempo? um objeto? um ser? uma vida? uma IDÉIA? Até agora estou em duvida.



Nossa próxima tarefa: criar um objeto interativo. Apoio: referências dadas pelos professores e discussões feitas em sala sobre as visitas ao site do arquiteto Christian Moeller e ao Museu OI Futuro de Telecomunicações.



Sobre as visitas: Site de Moeller.


O artista é professor em uma instituição de design, e trabalha projetando instalação tecnológicas que tem por objetivo propor sensações extremas com interfaces dos usuários, ele procura envolver os visitantes de exposições, dando espaço para que eles interfiram nas suas instalações, o que é interessante do ponto de vista da utilização da interatividade. O que intriga é o fato de seu proprio site não ser muito interativo, pois somente disponibiliza os conteudos de seus trabalhos, com explicações enfadonhas e vídeos demosntrativos. A questão é: pelo seu trabalho ser inovador, não deveria o site também ser? Pode ser uma forma de ele fazer algum tipo de reflexão, ou pode ser que ele pense que o site é somente um espaço de divulgação do trabalho. O que é estranho é que há um grande espaço em branco no site, que poderia simplesmente ter sido retirado, ou preenchido, mas não, é só um vazio. Quer dizer alguma coisa? Só nos resta especular, enquanto também pode ser falta de atenção. Não saberemos, já que o dono do site é ele, e outra: será que ele deu alguma opinião no site? será que o site é mesmo de autoria dele? perguntas que só podem ficar sem respostas por enquanto.





OI FUTURO: Interação?
Uma demonstração poderosa de habilidade de Gringo Cardia de criar um ambiente afastado do tempo e espaço, é essa a minha sensação ao visitar o Oi Futuro, de que você se transporta para outro lugar muito distante, e onde não se percebe a passagem do tempo. Começa pela entrada, uma espécie de câmara espacial, toda espelhada, muito surreal. O museu atende muito bem à exposição da história das telecomunicações, com os vídeos e narrações de Caio Blat, Miguel Falabela e compania (mostra o poder de "perssuasão" da Oi), e todos objetos e relíquias encontradas lá. É interessante que o espaço seja pequeno, mas dê conta de suportar toda aquela informação. Sobre o aspecto interativo da exposição, achei limitada a idéia de somente o espectador poder interagir com o local, por meio de fones e sensores remotos. Pra mim, isso não é interação, é como as televisões que existem hoje em que se pode pausar um programa ao vivo e continuar assitindo quando voltamos do banheiro ou da cozinha. Somente cria a pequena sensação de estar no controle. Talvez seja essa a idéia que se tinha de interação nesse caso. Essa é minha opinião. Mais uma vez, o usuário é privado de uma experiência mais intensa e inspiradora na exposição artística e cultural, o que está ali é pra ser engolido guela abaixo, até mesmo porque o contexto do surgimento das telecomunicações é de certa forma diferente do que temos hoje, mas não desconectado, por isso acho que deveria ter-se explorado melhor a relação entre o objeto de estudo da exposição e a sociedade atual, para uma reflexão da consciência do seu papel nela. Sobre a permeabilidade do espaço, que foi questionada pelo Cabral, como o conceito de Trama e urdidura de Hertzberger, tenho certeza que, com o avanço da tecnologia, aquele espaço pode sempre estar se renovando, mantendo uma estrutura física básica, mas pelo limite do espaço, utilizando-se de recursos "não-materiais", etéreos, para continuar contando a historia das telecomunicações, ou seja, não nos limitarmos pela falta de espaço, para assim abrir um horizonte para soluções que fujam do convencional "faz-desfaz", usando a sobreposição de idéias individuais para formar um todo indivisível. Lembrando que as retas paralelas se encontram no infinito, ou seja, pelo fato de que toda reta é parte de alguma curva, e que para mim é uma idéia que ajuda a percebermos que nem tudo que vemos é o que precisa ser. Abstrações à parte, recomendo uma visita.

sábado, 6 de setembro de 2008

Segunda tentativa - panorama



Segunda tentativa no panorama do arquiteto Toyo Ito, tentei trazer outras imagens e aumentei o tamanho, pra melhorar a visualização.

MAP - Museu de Arte da Pampulha



Referência Arquitetônica de Oscar Niemeyer, na aula de Plastica de sexta-feira, fomos ao MAP, passeamos pelo predio, em busca de ampliar nosso horizonte na discussão da arquitetura. Achei muito importante a discussão de idéias que temos a partir de uma experiência como essa, que é de formar um senso crítico de uma obra arquitetônica, desprendendo de um tempo para analisá-la de todos os angulos. Foi uma visita interessante para mim, que nunca fui no museu e agora no curso de arquitetura acho que pude vê-lo logo com um olhar que percebe certas razões e motivos no jeito de ser do projeto, ainda que seja limitado. Esteticamente, não há dúvidas para mim de que seja um edifício lindo, pela forma, localização privilegiada, paisagem bonita da lagoa, seus jardins, ambientes internos e pelos materiais sofisticados. Mas como é importante ressaltar, a forma é parte do espaço, que tem uma característica própria, a utilização e a forma são um todo indivisível, um demanda o outro. Como o predio foi originalmente construido para ser um cassino, é obvio que a apropriação dele como museu ainda seja um tanto inadequada, pelos requisitos que cada instalação requer, sejam elas fisicas ou que sirvam de uma simbologia para o uso do espaço.
Não se deixa de notar que Niemeyer projeta uma arte, linda e magnifica, mas sabe-se lá qual a sua logica de projetar, pois muitos falam da sua falta de atenção para a funcionalidade, mas sinceramente, de que importa a funcionalidade quando a inovação é a palavra-chave de seu tempo. Por isso, acho que nunca se pode ter uma decisão definitiva sobre uma arquitetura, por ela estar sempre exposta a opiniões e críticas que se mutam ao longo do tempo. Eu diria que o museu é um espaço otimo, cheio de espaço de convivio, belo, propicia o luxo que seriam as noites de seus dias como cassino, devia ser algo surreal, e só de se pensar que uma peninsula foi erguida para sua construção às marens da Lagoa da Pampulha, é algo que deve ter invejado os arquitetos do século passado. Às vezes, penso que Niemeyer veio pra provocar a arquitetura, ou simplesmente pra levar a diante as suas "viagens arquitetônicas", enriquecendo-a. Não é deus, ele também erra, mas é cada decide o que observar, a arbitrariedade na hora do julgamento, e como diz o ditado: "quem procura, acha". Eu achei muito bom, bonito, instigante, mas em nenhum ponto fui decepcionado. Só para deixar registrado, o que mais achei legal, plasticamente, foi a pele de vidro da escadaria, nunca vi uma coisa tão etérea, leve, é muito interessante no conjunto da estrutura.

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Visitas às exposições: Seu Sami e Bienal Internacional de Graffiti

Esta semana tive o prazer de visitar essas maravilhosas exposições: Seu Sami do artista Hilal Sami Hilal, e a Bienal Internacional de Graffiti. Ambas valem a pena, e eu fui duas vezes pra poder fazer registros fotográficos.Sobre Seu Sami: uma sacada muito legal do artista sobre a utilização do espaço, porém nem tanto por parte da estrutura burocrática do Palácio das Artes, porque o artista se apropria dos espaços de maneira que proporcione sensações intensas, que é o uso do contraste entre claro e escuro, amplitude e confinamento, na sala do amor, sala da ausencia e sala da dor, uma das experiências mais impressionantes que já tive em uma exposição de arte...acho que conseguria passar um dia inteiro naquela sala escura, pensando, sentido sua energia, porque me impressionou o fato de estar em um ambiente totalmente escuro, e perder a noção do espaço, também causada pelos espelhos, fazendo com que eu me sentisse solto no vacuo e ao mesmo tempo extremamente claustrofóbico, como me relatou o segurança ser o caso de acontecer de certas pessoas não conseguirem entrar na sala devido a essa sensação. Já nas outras galerias, estão expostos trabalhos e metal e algodão do artista...dando vida aos objetos através da textura, volume e tridimensionalidade, como é o caso da trama de algodão, que é permeável à visão, mas não à passagem através dela. A sala dos livros (sherazade) impressiona pela visão proporcionada pelo arranjo dos livros e a idéia de todos se interligarem, formando uma grande história ou uma intertextualidade. O que não gostei e devo reclamar é o tipo de restrição que nós é imposta nessas exposições, principalmente no Palácio, devido à segurança. Não podemos experimentarmos as obras à nossa maneira, digo isso porque fui advertido pelo segurança por ter corrido na sala escura, porque queria saber qual seria a sensação de me lançar na escuridão. Não me arrependo, devemos quebrar as burocracias artísticas, romper essa barreira entre a obra e o espectador, e entre os proprios espectadores entre si.
Bienal: Uma variedade de facetas do graffiti reunidas, e o que é interessante foi a maneira como o graffiti é apresentado, utilizando a amplitude da Serraria para reproduzir o ambeinte urbano em que os desenhos são produzidos.

Logo na entrada existe um grande mural, o Arte de Rua, em que os visitantes pode se arriscar a rabiscar e deixar uma marca para a exposição, fazendo reproduzir o que acontece nas ruas, em que se tem um spray, uma caneta ou o que quer que seja na mão, e se produz o que vier na cabeça naquela hora, ou um desenho mais complexo. Existe também um grande mural contando a história e um pouco da filosofia do graffiti, origens epistemologicas da palavra, falando sobre pinturas rupestres, arte antiga, o poder de expressão que o graffiti tem, suas caracteristicas principais, etc. No mais é uma grande exposição de trabalhos de verdadeiros artistas, cada um com uma técnica, um traço diferente, que deixa margem para que surjam vertentes dentro desse meio, podendo optar pela estetica, pelo abstrato, pela pintura, pelas caricaturas, assim como expressar opiniões politicas, sociais, ambientais e dumanisticas. Uma coisa eu falo, é do caralho e muito foda.

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Apropriação da sala plastica

Trabalho mais do que prático de apropriação da nossa querida sala de plastica (nº 134), que exigiu de todos um esforço maximo de disposição e trabalho durante 3 dias inteiros.








O que achei de mais interessante do trabalho foi a proposta de tomarmos como nossa propriedade o espaço da sala, de modo que nós alunos criamos a partir desse trabalho um sentimento de ligação com o espaço, pelo menos enquanto estivemos trabalhando nela.





A sala teve uma mudança mais sutil com relação à estética, acabando que as mudanças marcantes foram em relação às divisões espaciais dentro da sala para designar a utilização e função dos diferentes ambientes que eram requisitos para "funcionamento" das aulas de Plastica: aula, exposições, descanso, projeção, estudo/internet e ateliê.



Apesar do começo tumultuado devido à divisão de grupos e tarefas, a turma toda se integrou para trabalhar e opinar, e idéias muito legais saíram desse trabalho criativo. Dentre elas, a que mais gostei foi a "pintura" da parede do ateliê, em que não sabíamos o que fazer nela, e toda a sala se juntou para jogar tinta nela, sendo muito divertido o processo.


No detalhe, assinatura pessoal na escadaria de acesso à sala.