domingo, 14 de setembro de 2008

Interatividade - apanhado de discussões e idéias

Interação - ato de interagir. O que é interagir? É criar uma ação entre duas "coisas"? Criar uma relação? Permitir que uma coisa influencia a outra? que um influencie o outro? que um influencie o espaço? o tempo? um objeto? um ser? uma vida? uma IDÉIA? Até agora estou em duvida.



Nossa próxima tarefa: criar um objeto interativo. Apoio: referências dadas pelos professores e discussões feitas em sala sobre as visitas ao site do arquiteto Christian Moeller e ao Museu OI Futuro de Telecomunicações.



Sobre as visitas: Site de Moeller.


O artista é professor em uma instituição de design, e trabalha projetando instalação tecnológicas que tem por objetivo propor sensações extremas com interfaces dos usuários, ele procura envolver os visitantes de exposições, dando espaço para que eles interfiram nas suas instalações, o que é interessante do ponto de vista da utilização da interatividade. O que intriga é o fato de seu proprio site não ser muito interativo, pois somente disponibiliza os conteudos de seus trabalhos, com explicações enfadonhas e vídeos demosntrativos. A questão é: pelo seu trabalho ser inovador, não deveria o site também ser? Pode ser uma forma de ele fazer algum tipo de reflexão, ou pode ser que ele pense que o site é somente um espaço de divulgação do trabalho. O que é estranho é que há um grande espaço em branco no site, que poderia simplesmente ter sido retirado, ou preenchido, mas não, é só um vazio. Quer dizer alguma coisa? Só nos resta especular, enquanto também pode ser falta de atenção. Não saberemos, já que o dono do site é ele, e outra: será que ele deu alguma opinião no site? será que o site é mesmo de autoria dele? perguntas que só podem ficar sem respostas por enquanto.





OI FUTURO: Interação?
Uma demonstração poderosa de habilidade de Gringo Cardia de criar um ambiente afastado do tempo e espaço, é essa a minha sensação ao visitar o Oi Futuro, de que você se transporta para outro lugar muito distante, e onde não se percebe a passagem do tempo. Começa pela entrada, uma espécie de câmara espacial, toda espelhada, muito surreal. O museu atende muito bem à exposição da história das telecomunicações, com os vídeos e narrações de Caio Blat, Miguel Falabela e compania (mostra o poder de "perssuasão" da Oi), e todos objetos e relíquias encontradas lá. É interessante que o espaço seja pequeno, mas dê conta de suportar toda aquela informação. Sobre o aspecto interativo da exposição, achei limitada a idéia de somente o espectador poder interagir com o local, por meio de fones e sensores remotos. Pra mim, isso não é interação, é como as televisões que existem hoje em que se pode pausar um programa ao vivo e continuar assitindo quando voltamos do banheiro ou da cozinha. Somente cria a pequena sensação de estar no controle. Talvez seja essa a idéia que se tinha de interação nesse caso. Essa é minha opinião. Mais uma vez, o usuário é privado de uma experiência mais intensa e inspiradora na exposição artística e cultural, o que está ali é pra ser engolido guela abaixo, até mesmo porque o contexto do surgimento das telecomunicações é de certa forma diferente do que temos hoje, mas não desconectado, por isso acho que deveria ter-se explorado melhor a relação entre o objeto de estudo da exposição e a sociedade atual, para uma reflexão da consciência do seu papel nela. Sobre a permeabilidade do espaço, que foi questionada pelo Cabral, como o conceito de Trama e urdidura de Hertzberger, tenho certeza que, com o avanço da tecnologia, aquele espaço pode sempre estar se renovando, mantendo uma estrutura física básica, mas pelo limite do espaço, utilizando-se de recursos "não-materiais", etéreos, para continuar contando a historia das telecomunicações, ou seja, não nos limitarmos pela falta de espaço, para assim abrir um horizonte para soluções que fujam do convencional "faz-desfaz", usando a sobreposição de idéias individuais para formar um todo indivisível. Lembrando que as retas paralelas se encontram no infinito, ou seja, pelo fato de que toda reta é parte de alguma curva, e que para mim é uma idéia que ajuda a percebermos que nem tudo que vemos é o que precisa ser. Abstrações à parte, recomendo uma visita.

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