sábado, 6 de setembro de 2008

MAP - Museu de Arte da Pampulha



Referência Arquitetônica de Oscar Niemeyer, na aula de Plastica de sexta-feira, fomos ao MAP, passeamos pelo predio, em busca de ampliar nosso horizonte na discussão da arquitetura. Achei muito importante a discussão de idéias que temos a partir de uma experiência como essa, que é de formar um senso crítico de uma obra arquitetônica, desprendendo de um tempo para analisá-la de todos os angulos. Foi uma visita interessante para mim, que nunca fui no museu e agora no curso de arquitetura acho que pude vê-lo logo com um olhar que percebe certas razões e motivos no jeito de ser do projeto, ainda que seja limitado. Esteticamente, não há dúvidas para mim de que seja um edifício lindo, pela forma, localização privilegiada, paisagem bonita da lagoa, seus jardins, ambientes internos e pelos materiais sofisticados. Mas como é importante ressaltar, a forma é parte do espaço, que tem uma característica própria, a utilização e a forma são um todo indivisível, um demanda o outro. Como o predio foi originalmente construido para ser um cassino, é obvio que a apropriação dele como museu ainda seja um tanto inadequada, pelos requisitos que cada instalação requer, sejam elas fisicas ou que sirvam de uma simbologia para o uso do espaço.
Não se deixa de notar que Niemeyer projeta uma arte, linda e magnifica, mas sabe-se lá qual a sua logica de projetar, pois muitos falam da sua falta de atenção para a funcionalidade, mas sinceramente, de que importa a funcionalidade quando a inovação é a palavra-chave de seu tempo. Por isso, acho que nunca se pode ter uma decisão definitiva sobre uma arquitetura, por ela estar sempre exposta a opiniões e críticas que se mutam ao longo do tempo. Eu diria que o museu é um espaço otimo, cheio de espaço de convivio, belo, propicia o luxo que seriam as noites de seus dias como cassino, devia ser algo surreal, e só de se pensar que uma peninsula foi erguida para sua construção às marens da Lagoa da Pampulha, é algo que deve ter invejado os arquitetos do século passado. Às vezes, penso que Niemeyer veio pra provocar a arquitetura, ou simplesmente pra levar a diante as suas "viagens arquitetônicas", enriquecendo-a. Não é deus, ele também erra, mas é cada decide o que observar, a arbitrariedade na hora do julgamento, e como diz o ditado: "quem procura, acha". Eu achei muito bom, bonito, instigante, mas em nenhum ponto fui decepcionado. Só para deixar registrado, o que mais achei legal, plasticamente, foi a pele de vidro da escadaria, nunca vi uma coisa tão etérea, leve, é muito interessante no conjunto da estrutura.

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